Economia
Acredite...se quiser
Este é um dos vários artigos que circularam nos jornais comentando sobre o mais bizarro discurso que já ouvi (se for verdadeiro).
Lembra daquele artigo do Luis Fernando Verissimo, cheio de erros elementares de economia?
Pois é: parafraseando o presidente, "não é preciso entender de literatura para ser cronista, nem de economia para ser presidente". De fato, não precisa. O problema é o custo, para a sociedade, de políticas baseadas em postulados bizarros.
Trechos:
Como é que é? O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil deixa de comprar mais barato de alguns países para comprar mais caro de outros? E nem emprestou a tal decisão um caráter estratégico. Sempre compramos petróleo ruim da Argentina e vendemos máquinas àquele país. É uma troca. Na fala de Lula, no entanto, estaríamos mesmo fazendo uma espécie de caridade. A ser verdade, espero que o Ministério Público processe Lula por administração temerária e contrária aos interesses nacionais. O presidente foi eleito pelos pobres brasileiros, não pelos pobres uruguaios ou paraguaios. Um governante não tem o direito de dispor dos recursos públicos de forma perdulária, ainda que o faça por vocação humanista, punindo aqueles que o elegeram.
...
Eis aí: adoraria ver o ministro Celso Amorim, do Itamaraty, em face da malandragem chinesa, vir a público para explicar que estamos criando com Pequim o eixo de uma nova ordem mundial. Mais ainda: as facilidades que estamos oferecendo à China, convidando seus técnicos a virem se comportar como bedéis da nossa soja, devem, creio, ser oferecidas agora aos demais países com os quais mantemos relações comerciais. O suposto “ativo” da viagem de Lula ao totalitarismo chinês não pode se perder, ainda que tenhamos de passar por humilhações maiores e menores. Eis aí a nova ordem anunciada por nosso orador das auroras rutilantes. A reunião da Unctad estende-se até sexta-feira. Até lá, dá tempo de propor mais uma dúzia de revoluções mundiais.
O patético é que, na China, o nosso Vieira pré-estalo ensaiou a retórica da solidariedade dos emergentes contra o imperialismo americano. Oferecíamo-nos como soldados na causa do Exército do Povo. O chato é que nem os chineses dão a menor bola ao Brasil, a seu governo e a seu governante. Querem é dar um beiço no país, livrar-se da montanha de soja que compraram com o preço nas alturas ou ficar com ela a um custo muito menor. A tese estusiasmadamente defendida das “economias complementares”, não competitivas entre si, esqueceu-se de que há também a relação entre comprador e vendedor.
loading...
-
Silogismos
"Lula é o único economista que presta no Brasil, porque ele fala a verdade!" (Delfim Netto) Premissa maior: Lula é o único economista que presta no Brasil, porque ele fala a verdade Premissa menor: Delfim Netto é um economista Conclusão: Logo Delfim...
-
Make Us Proud, Squid!
Estava almoçando, vendo o jornal e pensando em como já faz um tempo que não posto nada. Consegui inspiração em um discurso do Lula. Foram tantas bobagens que cheguei a me engasgar. Lula disse "pro mundo" que a Amazônia tem dono, os brasileiros....
-
Crônicas de um cronista privado
O que o trecho do artigo abaixo de Alberto Oliva diz é verdade. Eu acompanhei os artigos do cronista (que frequentemente tropeça feio quando fala de economia) nos jornais na era FHC e na era Lula. Basta verificar...
-
Presidente usa herança maldita: fiscais do Sarney
Ontem conversava com um colega acadêmico que está que não pode ouvir o nome do presidente da república: votou nele.
Não tiro sua razão, claro. Mas para irritá-lo mais ainda, eu deveria lhe...
-
VEM AÍ A BINGOBRÁS , A ESTATAL DOS BINGOS
O governo vai propor a estatização dos bingos e jogos virtuais, informou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. "Ou estatiza tudo ou fecha tudo", disse o ministro. Bastos afirmou que a decisão...
Economia